quarta-feira, 28 de outubro de 2015

El Niño

O que é:

El Niño é o maior fenômeno climático global: de tempos em tempos, uma enorme quantidade de água do Oceano Pacífico Equatorial se aquece, mudando o regime dos ventos alísios.

Sendo  um fenômeno climático, de caráter atmosférico-oceânico, em que ocorre o aquecimento fora do normal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. As causas deste fenômeno ainda não são bem conhecidas pelos especialistas em clima.

Este fenômeno costuma alterar vários fatores climáticos regionais e globais como, por exemplo, índices pluviométricos em regiões tropicais de latitudes médias, padrões de vento e deslocamento de massas de ar. O período de duração do El Niño varia entre 10 e 18 meses e ele acontece de forma irregular em intervalos de 2 a 7 anos.


Efeitos do El Niño

- Os ventos sopram com menos força na região central do Oceano Pacífico;
 - Acúmulo de águas mais quentes do que o normal na costa oeste da América do Sul;
 - Diminuição na quantidade de peixes na região central e sul do Oceano Pacífico e na costa oeste dos Canadá e Estados Unidos;
 - Intensificação da seca no nordeste brasileiro; 
- Aumento do índice de chuvas na costa oeste da América do Sul;
 - Aumento das tempestades tropicais na região central do Oceano Pacífico;
 - Secas na região da Indonésia, Índia e costa leste da Austrália;
- Muitos climatologistas acreditam que o El Niño possa estar relacionado com o inverno mais quente na região central dos Estados Unidos, secas na África e verões mais quentes na Europa. Estes efeitos ainda estão em processo de estudos.




As principais consequências de El Niño hoje são: a alteração da vida marinha na costa oeste dos EUA e do Canadá e no litoral do Peru; o aumento de chuvas no sul da América do Sul e sudeste dos EUA; secas no Nordeste brasileiro, centro da África, Sudeste Asiático e América Central e tempestades tropicais no centro do Pacífico.

Curiosidades: 

-O termo El Niño é de origem espanhola e se refere a Corrente de El Niño. O nome foi dado por pescadores da costa do Peru e Equador, pois na época do Natal a região costuma receber uma corrente marítima de águas quentes. Por aparecer no período natalino, El Niño (O Menino) Jesus foi homenageado, pelos pescadores, com o nome do fenômeno climático. O termo popular foi adotado também pelos climatologistas. 

-Quando o fenômeno é inverso, ocorrendo um resfriamento fora do normal na águas da região equatorial do Oceano Pacífico, dá-se o nome de La Niña. El Niño aparece a intervalos irregulares, às vezes de dois em dois anos, às vezes de dez em dez anos. Vários cientistas acreditam que a interferência humana na atmosfera tem culpa nessa alteração. Outra teoria, recentemente anunciada, afirma que o aquecimento das águas do Pacífico é causado pelo calor do magma vulcânico liberado no fundo desse oceano.


Os principais impactos causados pelo fenômeno no Brasil são:

- Secas na região norte, aumentando a incidência de queimadas;
- Precipitações abundantes na região sul, principalmente nos períodos de maio a julho e aumento da temperatura;
- Aumento da temperatura na região sudeste, mas sem mudanças características nas precipitações;
- Secas severas no nordeste;
- E tendência de chuvas acima da média e temperaturas mais altas na região centro-oeste.

Na Colômbia há a redução das precipitações e na vazão dos rios, no Equador e noroeste do 
Peru ocorre justamente o contrário, enquanto que na região do altiplano da Bolívia e do Peru o el Niño causa secas intensas.



Entenda por que "El Niño" será especialmente forte em 2015 

O evento começa no leste do Pacífico e se ramifica pelo Equador para o Oeste. Isso aconteceu de forma muito significante nos anos de 1982, 1997 e está acontecendo novamente em 2015. 

Alguns dizem que o evento da próxima estação deverá ser o mais forte desde 1997 e que vai durar até abril de 2016.

Gates destaca que, atualmente, existe muito calor acumulado no oceano, mas ela é cautelosa com a forma que os dados se apresentam. "Nós só podemos realmente confiar nas amostras de julho (sobre o que nós estamos observando na temperatura da superfície do mar ) e neste momento esta um pouco menor do que em 1997", diz a cientista.

"Mas considerando isto como uma condição inicial para uma projeção de três meses, todos os modelos de [prognóstico] parecem concordar que chegará a um estado bastante elevado, como os dois maiores, em 1982 e 1997", acrescenta Gates.

Não há uma causa única para o evento "El Niño". É uma combinação de fatores oceânicos e atmosféricos. Por outro lado, você tem um pico anômalo na temperatura da superfície do mar no leste do Pacífico. Esta água quente pode demorar para se acumular, uma vez que ela se desloca do Oeste. Mas,assim que acumule uma quantidade significativa, as chances de "El Niño" acontecer aumentam.

Efeito global

Tudo isso faria pouco sentido se não fosse a circulação atmosférica Leste-Oeste  chamada de circulação de Walker , ao longo da região do Pacífico. Os ventos alísios do leste formam parte desse movimento "É um ciclo no qual você tem uma região onde o ar sobe e uma região onde o ar desce novamente", explica Gates. "Onde o ar sobe, você tem mais precipitações, e onde desce as precipitações são moderadas."

Segundo Gates, o sistema acompanha as anomalias da temperatura da superfície do mar no 
Pacífico – quando a anomalia se movimenta, a atmosfera se movimenta também, mudando os eventos climáticos de um lado do Pacífico a outro. Isso acontece em uma escala extrema
durante "El Niño": portanto, é perfeitamente lógico que o fenômeno possa causar tanto incêndios como enchentes.

As anomalias vistas na Europa são pequenas em comparação com o que acontece nos trópicos. Mas, sob o ponto de vista sócio-econômico, a Europa tem de se preocupar porque "El Niño" afeta os mercados globais, a produção de alimentos e a gestão de desastres.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Acordo de Associação Transpacífico


Acordo de Associação Transpacífico


O que é? O Acordo de Associação Trans-Pacífico (TPP) é a proposta de criação de uma área de livre comércio que deverá abranger vários países da região do Oceano Pacífico, envolvendo tanto a Ásia como as Américas. Poderá ser o maior acordo multilateral do planeta. Fazem parte do TPP os Estados Unidos e a Austrália, além de Malásia, Peru e Vietnã, Brunei, Chile, Cingapura e Nova Zelândia, Canadá, Japão, Chile e México. Todos eles acordaram na segunda-feira (5) um novo marco tributário que afeta várias indústrias como a farmacêutica, a automobilística e a têxtil, e estabelece algumas das normas trabalhistas e regulações meio ambientais mais ambiciosas já vistas.

Porque é importante?  Trata-se do acordo regional mais amplo da história e une sob o mesmo mercado 40% da economia de bens mundial. O TPP é o pacto mais importante desde 1993, quando os EUA, Canadá e México assinaram o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA). 

Porque é polêmico?  O TPP ajuda a reduzir impostos de até 18.000 produtos dos EUA nas economias da região, razão pela qual os fabricantes norte-americanos competirão com mais facilidade no exterior.  Mas, além de negociar tributos comerciais, Washington impôs um novo prazo na exclusividade das fórmulas usadas para criar medicamentos para tratar doenças como o câncer. Os detratores do acordo dizem que se forem ampliados os períodos de exclusividade, que impedem que outras empresas farmacêuticas pesquisem com a mesma informação para criar medicamentos genéricos, os custos subirão e deixarão os tratamentos fora do alcance dos cidadãos nas nações mais pobres.

Como afeta a indústria automobilística? Este setor é tão importante para o TPP que os EUA e o Japão selaram seu próprio acordo bilateral antes de incorporar outras nações como Canadá e México. O novo marco, no entanto, dá mais facilidades ao Japão para comprar algumas das peças em mercados asiáticos e, em seguida, vender os automóveis nos EUA. Os críticos do marco afirmam que isso poderia pôr em risco milhares de empregos no México.


Sete pontos para entender o Tratado Transpacífico:
1-TPP é tanto sobre geopolítica quanto sobre comércio
Apesar de que todas as linhas do acordo afetam as trocas comerciais e de informação, o TPP também tem importantes consequências políticas em escala internacional. Os EUA buscaram esse acordo com o objetivo de conter o poder da China na região, mas também abre as portas de novos mercados para os produtos americanos e economias locais.
2- De fora da parceria, Brasil pode perder mercados
De fora do tratado, o Brasil pode perder espaço para seus produtos, segundo um estudo, o país tem fechado acordos comerciais com mercados menores, como Colômbia e México. Ele enfrentará fortes concorrências.
3- China não faz parte da parceria
O TPP se tornou uma estratégia norte-americana para conter a China. A China anunciou que observa com atenção o desenvolvimento do tratado, e está envolvida em negociações comerciais rivais.
4- Acordo pode ser decisivo para o primeiro-ministro japonês
De acordo com o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, o tratado irá ajudar o Japão a empreender reformas estruturais muito necessárias, que estimulará o potencial de crescimento da economia.
  5- O TPP está só flertando com a questão da manipulação cambial
Entre as questões que geraram mais controvérsia nos Estados Unidos está a do câmbio e de suas desvalorizações para fins competitivos. Encarando com cautela o iene fraco e a concorrência da Toyota e outras montadoras, a indústria automobilística norte-americana e seus defensores no Congresso vêm pressionando pela inclusão de uma cláusula que proíba manipulações de câmbio.
6- O TPP abre novos padrões ambientais e trabalhistas para acordos comerciais
Os Estados Unidos têm a obrigação legal de incluir discussões de padrões ambientais e trabalhistas em suas negociações comerciais. O TPP ajudaria a reduzir o tráfico de espécies ameaçadas e a enfrentar outros problemas, como a pesca excessiva. 
7- Duas das três maiores economias estão no acordo
Um acordo comercial entre duas maiores economias mundiais, Japão e Estados Unidos, que com o tempo provavelmente levaria à derrubada das barreiras comerciais entre os dois países. O mesmo vai integrar mais a economia.

Porque preocupa os sindicatos?
Os principais sindicatos criticaram tanto o segredo das negociações como o que consideram concessões problemáticas que só beneficiarão as grandes corporações. O pacto abrange desde o direito dos trabalhadores a criar um sindicato até os requisitos de segurança, salário mínimo, limite de horas trabalhadas e proteções contra a discriminação.

Como o Brasil ficará após a criação do tratado?
As exportações brasileiras são afetadas, segundo o estudo, porque os produtos vendidos entre os países envolvidos no tratado ficarão comparativamente mais baratos. Os Estados Unidos são os maiores compradores do Brasil. Eles importam, principalmente, matérias-primas assim como o Canadá. O Japão também compra matéria-prima e suco de laranja. Outros pequenos países asiáticos encomendam commodities brasileiras, caso das carnes e alguns industrializados como calçados. Para a Austrália e para a Nova Zelândia a gente exporta café, suco, fumo, motores e calçados.
Alguns desses países que fazem parte do novo tratado são produtores dos mesmos itens vendidos pelo Brasil. Agora, com o Acordo Trans-Pacífico prevendo vantagens comerciais, esses países podem trocar o fornecedor: desistir do Brasil e passar a comprar das nações parceiras. “É urgente que o Brasil inicie uma negociação para um acordo de livre comércio com os EUA”, diz Diego Bonomo, gerente executivo de comércio exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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Como o Mercosul ficará com a criação do TTP? E o Pacífico?

Tratado Transpacífico pressiona acordo entre Mercosul e União Européia 
A União Européia já vem debatendo com os Estados Unidos acordo semelhante ao Pacífico, o TTIP. Ambos os tratados impõem severas restrições à atuação dos Estados nacionais, principalmente em questões relativas a propriedade intelectual e ao setor financeiro.
Um acordo entre Mercosul e UE poderia ser um contraponto aos interesses norte-americanos se buscasse uma maior integração comercial aliada a estímulos para desenvolvimento dos setores industriais e de serviços nos países americanos. Porém, esta não é a agenda dominante na Europa. A troca de propostas entre o Mercosul e a União Europeia deverá acontecer até o início de novembro, informou Armando Monteiro. 
De acordo com o jornal da Globo  

Quem ganhará com esse novo tratado?
O bloco de países reúne 40% do PIB mundial e tem 793 milhões de consumidores. A expectativa é que, se o acordo realmente sair, o pacto movimente, a partir de 2025, US$ 223 bilhões por ano. Os Estados Unidos e o Japão lucrará grandemente. 

OMC e FMI elogiam acordo
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, o brasileiro Roberto Azevedo, parabenizou os negociadores e ministros dos países envolvidos no acordo. Ele disse que alcançar o pacto dentre "uma variedade de questões difíceis prova que os acordos comerciais podem ser alcançados entre os membros da entidade".
Já a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, enviou nota à imprensa afirmando que o acordo é "muito positivo". "Tenho pedido por uma política de melhoria para evitar um novo crescimento medíocre da economia global, e reacender o comércio é um componente essencial dessa agenda".


Opinião do grupo:
O tratado de livre-comércio, se baseia na ideia de benefício mútuo. Você se concentra no que produz com menor custo de oportunidade, depois a gente troca parte do que produziu e todos saem ganhando. Relações como essa não começaram durante a Revolução Industrial. São provavelmente tão antigas quanto a nossa espécie. Ou seja, o comércio não é só uma vantagem econômica, mas também evolutiva. Contudo, cabe aos países, aos tratados, obter um avanço que privilegie não só os que estejam no meio, mas também os emergentes e os que buscam alguma melhoria.

Pergunta do Grupo 
Se os tratados criados têm o objetivo de melhorias nos países inclusos, após toda a explicação sobre o tema, qual benefício o mesmo terá? Como ficará os países emergentes? E o Brasil, como ele suportará?



Integrantes: Ana Lívia, Daniel Lúcio, Gustavo, Marcus, Pedro Lobo, Rafael, Rodrigo, Vinicius Ernesto e Vitor Hugo 

domingo, 4 de outubro de 2015

Independência da Catalunha

Catalunha 



     A Catalunha é uma rica região da Espanha com 7,5 milhões de habitantes. Ela contribui mais para a economia espanhola do que recebe de volta por meio de fundos do governo central.

     Disputas econômicas e diferenças culturais deram força ao nacionalismo na região. Segundo o correspondente da BBC Chris Morris, muitos catalães sentem que fazer parte de um único Estado, o espanhol, não é o mais adequado para eles. Por isso, existe uma longa história de luta pela independência da região ou de ao menos uma maior autonomia.
     Em 2006, a Catalunha passou a se considerar uma região com status de “nação”, mas isso foi derrubado pelo Tribunal Constitucional em 2010.




Independentismo Catalão


     Independentismo catalão é uma corrente política, derivada do nacionalismo catalão, que reivindica a independência da Catalunha ou dos Países Catalães, face à Espanha e França, e a sua livre e direta integração na União Europeia. O independentismo catalão assenta-se no princípio de que a Catalunha é uma nação, aludindo à sua história, cultura, língua própria e direito civil, e afirma que esta não alcançará a sua plenitude cultural, social e econômica enquanto fizer parte da Espanha.

     O repórter Patrick Johnson, da BBC News, acompanhou a movimentação em um dos pontos de votação. "A maioria diz que votará a favor da independência, mas há alguns que votarão contra, mas fazem questão de ir às urnas num desafio ao que veem como uma intransigência de Madri", afirma Johnson. 
     O presidente espanhol Mariano Rajoy disse que o foco deveria estar no diálogo entre o governo da Catalunha e o governo central espanhol, liderado por ele, dentro dos "parâmetros constitucionais".  




 O Referendo


     O referendo sobre a independência da Catalunha era um projeto de referendo sobre o futuro político da Catalunha, que estava incluído no acordo de governação ratificado por Artur Mas, da Convergência e União (CiU), e Oriol Junqueras, da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), em 18 de dezembro de 2012, chamado pelos seus signatários de Pacto pela Liberdade. O texto indicava que a data do referendo seria acordada entre os dois partidos, os quais se comprometeriam a tentar levar a cabo em 2014 "exceto se o contexto socioeconômico e político requerer uma prorrogação”. Como parte do acordo, Artur Mas tomou posse do cargo de presidente da Generalitat da Catalunha (sistema institucional que organiza politicamente o autogoverno da Catalunha) para um segundo mandato.
     No dia 12 de dezembro de 2013, o Governo da Catalunha anunciou que a data para o referendo sobre a independência estava definida para 9 de novembro de 2014 e iria conter uma pergunta com duas partes: "Quer que a Catalunha seja um Estado?" e "Se sim, quer que este Estado seja independente?". O Governo espanhol declarou pouco depois a sua intenção de bloquear o referendo, afirmando que este "não seria realizado”.
     O Tribunal Constitucional de Espanha impediu a realização do referendo sobre a independência da Catalunha previsto para o dia 9 de novembro de 2014, tornando-o apenas uma consulta popular (votação simbólica) que consistia em duas perguntas:
     "Quer que a Catalunha seja um Estado?" e "Se sim, quer que este Estado seja independente?", em que ambas receberam aproximadamente 80% de SIM.
Quer que a Catalunha seja um Estado?
Se sim, quer que este Estado seja independente?
Participação
 Sim
Não
Em branco
Outros
 Sim
 Não
Em branco
2 305 290
1 861 753
80,7%
232 182
10,07%
22 466
0,97%
104 772
4,5%
12 986
0,56%
71 131
3,08%
     Antes da votação, o ministro da Justiça da Espanha, Rafael Catala, disse que a consulta era "inútil".
     "O governo considera que este é um dia de propaganda política organizada por forças pró-independência e não possui nenhum tipo de validade democrática", disse ele em comunicado.

    Os partidos que defendem a separação de Espanha venceram as eleições regionais e conseguiram a maioria absoluta de deputados, mas não obtiveram metade dos votos.
   Apesar de declarada a vitória pelos apoiantes do processo independentista, o resultado mostra também que metade da população catalã se opõe ao distanciamento de Madrid, o que deverá obrigar os líderes da região ao diálogo com o poder central. 


Divergência de Opiniões


     A causa da independência da Catalunha tem sido aderida e criticada por muitos. Em um confronto entre o time do Barcelona e o Real Madrid, ao ver o apoio dos torcedores à independência da Catalunha, o Real Madrid decidiu apoiar a causa. Algumas províncias distintas desaprovam e acreditam que a separação territorial pode comprometer o cenário espanhol a partir do momento em que a Catalunha é uma área rica e promissora, tendo como destaque, a cidade de Barcelona. Já algumas empresas disseram que se a Catalunha se separar, elas retirarão suas sedes de lá pois acreditam que tanto a economia quanto a política ficariam abaladas e o que elas querem, é segurança.
     Há variações dentro da Catalunha em relação aos números que apoiam a independência e aos que discordam. Esse fator meio que decepciona porque eles estão lutando há "muito" tempo e nada se resolve/resolverá se continuar assim.



     Contatamos uma cidadã Espanhola, do estado de Huelva, chamada Alexandra e fizemos uma entrevista para saber como a população está se posicionando sobre o assunto da Catalunha.

Edad: 30.
Donde vives: Huelva. 
Tiene familia: No.
Local de nacimiento: Huelva.
En que trabajas: Maestra.

1. ¿Usted tiene conocimiento del movimiento separatista en Cataluña?
“Si.”


2. ¿Para Usted lo que representa la independencia de Cataluña? ¿Él hecho interfiere en su vida de algún modo? ¿Por que usted se posiciona de esta manera?
“Me parece una equivocación y una tontería por parte de los que los quieren porque creo que ellos tienen más que perder al separarse. No me afecta para nada en mi vida.”

3.
¿Usted y su familia se manifestaron de alguna manera a favor do que querían?
“No.”

4.
¿Como la población está tratando la situación?
“Creo que de forma exagerada porque tienen que pasar muchas cosas para que eso llegue a ser como ellos quieren.”

5. ¿Hay movimientos activistas sobre el tema?

“Que yo sepa no.”

6.
¿La crisis económica afecta de alguna manera su opinión? 
“No.”



     O nacionalismo e independentismo catalães defendem que a cultura catalã é distinta da espanhola, sustentando que a Catalunha é uma nação oprimida por Espanha desde sua ocupação pelas tropas borbônicas em 1714, dando como exemplo a posterior supressão das instituições catalãs e a proibição de sua língua na administração mediante os Decretos de Nova Planta promulgados por Felipe V. Do ponto de vista cultural, o nacionalismo catalão promove o uso da língua catalã em todos os âmbitos da vida social da Catalunha, e um nível de utilização superior ao da língua castelhana, entendendo que o catalão é a língua própria de Catalunha. Além disso, defendem o direito a utilizar a língua catalã tanto em instituições espanholas como europeias, com base quer no número de falantes, quer na sua tradição literária e histórica.

     Os nacionalistas e independentistas catalães denunciam que a Catalunha está submetida a uma exploração econômica por parte do estado espanhol, nomeadamente no que diz respeito ao déficit da balança fiscal da Catalunha, entendendo que esta recebe muito menos do que contribui em matéria de impostos. Por este motivo, a Catalunha vem reclamando historicamente um maior nível de autodeterminação, tanto numa perspectiva legislativa como em matéria de poder executivo, judicial, cultural e econômico.


     De um ponto de vista simbólico, o nacionalismo catalão defende ainda a ideia de que a Catalunha, mesmo enquanto parte integrante da Espanha possa ter seleções desportivas próprias, distintas das seleções espanholas. Deste modo a Catalunha poderia participar em eventos ao mais alto nível internacional, seguindo o exemplo de outros territórios sem estado próprio como são o caso da Escócia, do País de Gales ou mesmo de Macau, sendo que estes possuem seleções desportivas independentes reconhecidas por organismos desportivos internacionais.


Artur Mas convocou eleições antecipadas para o dia 27 de setembro e Mariano Rajoy comenta que é a terceira vez, em cinco anos, que os catalães têm de votar devido ao “falhanço da política”. O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, considerou hoje que o anúncio de eleições antecipadas na Catalunha feito pelo presidente do governo regional catalão, Artur Mas, representa o "fracasso de uma política que apenas gerou instabilidade e incerteza". 







http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2015/09/nacionalistas-vencem-eleicoes-na-catalunha-e-brigam-por-independencia.html 

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Terremoto no Chile

O caos vivido pelo país



              Um forte terremoto ocorreu na noite de quarta-feira dia 16 ao norte de Santiago, no Chile. Por volta das 00h30 de quinta-feira registrou cinco mortos por causa do terremoto e ainda deixou um milhão de pessoas evacuadas.
"É o sexto terremoto mais forte da história do país"

   A magnitude do tremor foi 8,3, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Um alerta de tsunami foi emitido pelas autoridades para toda a região costeira. As autoridades locais determinaram a evacuação das áreas litorâneas, enquanto imagens de televisão mostravam sirenes de alerta ativadas. O terremoto de 2010, que deixou centenas de mortos no Chile, teve magnitude 8,8.

   No domingo, as autoridades chilenas informaram que o número de pessoas que sofreram os danos do terremoto e posterior tsunami que atingiram o norte e o centro do Chile na última semana superou neste domingo o de 6.400. A catástrofe deixou 13 mortos, cinco desaparecidos e 14 feridos, informou o governo.

   No Brasil o tremor foi sentido até em cidades brasileiras. Em Santa Maria (RS) pelo menos dois prédios foram desocupados por moradores. Os bombeiros de São Paulo também receberam cerca de 50 telefonemas com informações sobre tremores na região da Avenida Paulista, Vila Mariana e Tatuapé. 


O Chile é constantemente assolado por terremotos. O que os causa é a localidade da região, uma zona de intensa atividade sísmica, conhecida como Anel de Fogo do Pacífico.

      O número de pessoas afetadas pelo terremoto, logo seguido por um tsunami, ultrapassa os 6.400. Muitas pessoas foram desabrigadas, porém o índice de mortalidade se encontra apenas em 14 indivíduos. O governo ainda não contabilizou o prejuízo causado pela catástrofe, mas deixou claro que irá dispor de recursos econômicos.
      A província de Choapa está sobre controle dos militares e o governo manda suprimentos para atender às necessidades da população que sofreu com o desastre. Coquimbo sofreu com ondas de até 5 metros e milhares de pessoas foram evacuadas ao longo da costa chilena que ainda esta sob alerta de tsunami. Após o tsunami, o número de mortes e desaparecidos aumentaram.    

 
     Em abril do ano passado, um tremor de magnitude 8,2 deixou seis vítimas fatais e danificou 2,5 mil residências. Podemos concluir que em ambos os casos, tanto em abril de 2014 quanto do último dia 16, que o número de vítimas fatais para tal acontecimento é consideravelmente baixo. Terremotos que atingiram neste ano o Nepal, por exemplo, em 25 de abril e em 12 de maio, juntos, custaram a vida de 8 mil pessoas, e povoados inteiros ficaram em ruínas. Surpreende também o fato dos dois tremores terem tido uma magnitude menor que os do Chile: o primeiro foi de 7,8 e o segundo, de 7,3.
"Mas por que os terremotos no Chile são menos mortais do que nestes outros países?"
   Os primeiros sinais dados pelo abalo foi por volta das 19h e 55min da noite, logo o governo ordenou então a evacuação preventiva de áreas costeiras entre Arica e Puerto Aysén, recomendando que as pessoas se abrigassem a pelo menos 30 metros acima do nível do mar. Poucas horas depois mais de 600 mil famílias havia evacuado.
  "As medidas foram tomadas rapidamente, e a evacuação foi muito bem feita. Sei que é duro para estas pessoas, mas precisamos proteger suas vidas", disse a presidente chilena Michelle Bachelet.
  Tal medida só foi tomada devido à memória do tremor de fevereiro de 2010, quando um abalo de magnitude 8,8 deixou 525 mortos, sendo o responsável pela maior parte de mortalidade o tsunami que costuma seguir os abalos. O número de pessoas afetadas passou dos 2 milhões em 2010, com danos a 370 mil residências. Cinco anos depois, ainda resta reconstruir 17.178 delas. 
  O Chile aprendeu, principalmente, com o maior tremor registrado durante a história, de magnitude 9,6, que atingiu a cidade de Valdivia, no sul, em 1960.


   Isso fez com que não só as autoridades reajam rápido, mas também os cidadãos. Desde pequenos, os chilenos participam de simulações no colégio e aprendem a manter a calma para que a evacuação ocorra de forma segura e eficaz. Além disso, os chilenos dizem que "estão acostumados" aos terremotos, porque vivem no lugar "com mais abalos sísmicos do mundo". As pesquisas sobre abalos sísmicos também são de "alto nível", como frequentemente destaca o Centro Sismológico do Chile.
   Um segundo fator que contribui segundo especialistas, são as vigas de concreto armado, que é uma forma de dissipar a energia liberada pelo terremoto e os estudos do solo exigidos em lei, pois costumam ser cumpridos à risca na construção de residências e edifícios. "É impensável não atender estas normas, ao menos em áreas urbanas", disse à BBC o presidente da Associação de Arquitetos do país, Sebastián Gray.
   Um terceiro elemento ainda é os fatores naturais, é também graças a eles que o Chile tem condições melhores de enfrentar tremores do que o Haiti ou o Nepal, por exemplo. A falha geológica chilena, consiste em um enorme buraco no fundo do oceano Pacífico que, apesar de avançar em uma velocidade de quase 10 cm por ano, contribuindo para uma ocorrência maior de eventos, porém protegendo o país ao mesmo tempo.


     Para se ter uma melhor ideia sobre a intensidade de terremotos e como os analisamos, para cada número inteiro que varia, a diferença de força de um terremoto cresce consideravelmente: um tremor 6, por exemplo, libera 32 vezes mais energia que um 5. Um tremor de magnitude 7, em que começa a destruição mais severa por terremotos, é mil vezes mais "forte" que um 5. Um terremoto de magnitude 8, mais fraco do que este do Chile, por exemplo, libera força equivalente a seis milhões de toneladas de pura dinamite.